21/08/2011

Análise: Portal 2

9 de outubro de 2007, a Valve lança seu pacote Orange Box, uma fantástica compilação de jogos, que além de trazer a clássica série Half-Life Two e suas continuações (Episode 1 e 2), trouxe-nos dois jogos que fizeram um sucesso muito grande, mas a Valve parecia não esperar isso, Portal e Team Fortress 2 viraram símbolos em suas respectivas categorias.  Portal, com seu humor bem respectivo, virou um jogo fantástico, pois combinava elementos de forma perfeita, puzzles inteligentes, um bom humor, ambientação muito bem feita e uma história até que bem planejada, o grande problema dele era que o jogo tinha uma duração mínima, em um dia você poderia zerá-lo e passar todos os desafios extras.
Todos adoraram o jogo, a crítica o recebeu bem, jogadores também receberam bem o jogo, até que em 22 de outubro de 2008, a Valve lança por Xbox Live Arcade uma versão extendida do jogo, que não fez tanto sucesso, chamada Portal: Still Alive. De qualquer forma, Portal 2 foi "revelado" na E3 2010 (na realidade o projeto já existia e havia sido revelado, mas até então nada se sabia sobre as características do jogo).
19 de abril de 2011, Portal 2 é lançado.


Ficha técnica
Nome: Portal 2
Produtora: Valve Corporation
Ano: 2011
Preço: 30U$

Análise rápida
Gráficos: 9
Direção de Arte: 10
Música: 9
Dublagem: 10
Efeitos sonoros: 8
Jogabilidade: 9,9
Inteligência artificial: 9
Multiplayer: 7
Hud: 9
Total: 9,5

Prós


Home sweet... Wait!?
A jogabilidade é levada ao extremo, vários elementos tornam o jogo viciante, divertido e criativo, único. Se no primeiro você tinha cubos, torretas e o ASHPD, agora você tem lasers, pontes de luz sólida, propulsores, gel que te torna mais rápido ou te faz pular e muito mais, tudo isso misturado em puzzles muito inteligentes e viciantes, sempre deixando o desafio na medida certas, sempre exigindo um pouco do seu cérebro para jogar.
Os gráficos, a ambientação e a direção de arte são fantásticos, os gráficos levam o Source ao extremo, nós vemos as mesmas salas de Portal, porém degradadas e destruidas, vemos a nossa "casa" sendo reduzida a destroços em tempo real (Yey!), tudo deixa claro que um tempo considerável se passou desde o primeiro game, mas que a Aperture Science ainda está viva, você está vendo o que é, de fato, uma pura continuação do primeiro game.
A dublagem, as músicas e os efeitos sonoros também estão muito bons. A dublagem merece destaque, depois de 5 minutos de jogo, você nunca mais na sua vida irá esquecer da voz de GLaDOS e do Wheatley, cada um interpreta de forma muito inteligente as falas, sabendo parecer um robô, desprezando humanos, mostrando muito bem os "pseudo-sentimentos", idéias e brincadeiras. A música tema do jogo nunca vai sair da sua cabeça, ela é muito boa... "I think we can put our differences behind us, for science, you monster." (se você viu o trailer, vai ficar toda hora o relacionando com a música). Os efeitos sonoros cumprem seu papel, nada muito relevante, mas você com certeza não irá achar que sua personagem tem um orgasmo quando recebe dano (vide Terraria).
Desde Portal, essa sala mudou, lasers ganham de energy balls
O Multiplayer é bem prático, você ou escolhe um amigo para jogar com ou eles encontram um parceiro aleatório na rede, os dois robôs (Atlas e P-Body) possuem muita personalidade, são bem cômicos, você achava que 2 portais causavam dor de cabeça? E 2 portais com torretas? E 2 portais com torretas e paredes de luz sólida? E 2 portais com torretas, paredes de luz sólida, canais de ventilação potentes, gel, propulsores, lasers e cubos de todo tipo? Que tal então 4 portais com  torretas, paredes de luz sólida, canais de ventilação potentes, gel, propulsores, lasers e cubos de todo tipo!? Yeah! Ele leva o puzzle ao extremo, o trabalho em equipe é crucial para realizar cada um dos puzzles, pois como disse GLaDOS aos robôs "These next tests require cooperation. Consequently, they have never been solved by a human. That's where you come in. (...)".
Outra coisa, a história do jogo, o enredo dele parece simples a princípio, mas quanto mais você observa detalhes e easter eggs, uma história gigante começa a ser montada, que involve as origens da Aperture Science, da Chell (personagem principal), e acredite, em alguns pontos até com a mitologia grega.


Contras

Alguns erros básicos de cliping algumas vezes irritam os "exploradores de ambiente", os gráficos são bons, mas o Source é de 2004, logo tem muitas limitações, os gráficos seriam muito melhores se feitos em uma engine mais recente, além do mais, se você for muito detalhista, pode perceber alguns erros nas texturas, shaders e na colocação do terreno, mas isso apenas se você observar cada detalhe mínimo dos confins do jogo.
Algumas vezes quando você faz uma ação de imediato as falas relacionadas a esta ação são abruptamente cortadas.
Arrisque sua vida, mas nunca abandone o cubo.
O Multiplayer é muito limitado quando o assunto é escolher com quem você quer ir, ou é um amigo da sua lista ou é um parceiro randômico encontrado na internet. Na minha primeira tentativa de jogar Co-op, eu tive que aguentar duas crianças com sotaque indiano perguntando pra mim como passar o mais estúpido dos testes, elas achavam que sabiam falar inglês e achavam que sabiam jogar algum puzzle, este é o maior dos problemas, na maioria das vezes você não sabe com quem irá. Por outro lado, quem possui a versão para consoles do game pode jogar no bom e velho Split-Screen, metade da tela pra cada um, comunicação facilitada, sem lag, perfeito.

Vale a pena?

Sim, cada centavo vale o que se paga, no começo o preço não era amigável, mas agora, por 30U$ você compra um jogo moderno e divertido, ao invés de pagar 40-60U$ em um jogo de tiro como Call of Duty, você pode comprar Portal 2, é muito mais criativo, a diversão, bem, ela é, na minha opinião, muito mais explorada em Portal 2.
O jogo vale sim a pena, será bem recompensador. Caso você não goste de puzzles ou não seja capaz de resolver puzzles, não é o seu tipo de jogo, de qualquer forma, no geral, ele satisfaz e diverte muito bem.
O mundo precisa de mais jogos criativos.

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